Misterioso céu que encanta o olhar
Paraíso discreto de flores-de-menta
Semeia o brilho, sereia ao luar
Sorriso atento ao belo afoxê
Sua aurora safira me apraz e seduz
Da bela cascata lhe cai ao corpo
Bem-me-quer amarelo cheio de luz
Só meu rouxinol, só meu pirilampo
Possuía asas e podia voar
Mas viveu comigo nas águas mar
Fantasiou, por anos, teu nome ao meu lado
E por fim me embaiu com teu falso querer
Potências contrárias ao homem e à mim
Quiseram então afastar o seu canto
Quem sabe foi mesmo você, querubim
Me engano e lhe entrego o meu coração
Com três beijos doces, cobertos de mel
Conjurou belas formas e cores em sonho
Tornou-se enfim o meu amargo fel
Numa aragem voou de volta pro céu
Vagalumes sem cor acordaram o dia
Melancólico sonho nas cinzas da fênix
A aura que antes me trouxe harmonia
Levara de mim meu amado colibri
Postado por
Aninha Villar
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