04/04
Escrito no dia 04/04. Prometo que juro que daqui pra frente nunca mais deixarei de ouvir minha sábia e inquieta intuição.
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava.
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava nele.
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava nele e nela.
Ela pensava em como eles podiam estar tão juntos. E em como eles não estavam juntos.
Deitada na cama, com as luzes apagadas, o silêncio absoluto não reinava.
Sua mente não deixou.
Onde ele estava, ela sabia. O que ele estava fazendo, ela sabia. Como ele estava? Ela também sabia. Tudo sentimentalmente e meramente físico.
Mas era difícil interpreta-lo.
Em um único olhar, ele lhe transmitia paixão e indiferença. Calor e frio. Companhia e solidão.
O que ele pensava? Ela não tinha nem idéia...
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava no que ele pensava.
E quanto mais pensava, menos entendia.
A realidade lhe parecia desconfortavelmente sem graça.
Deitada na cama, com as luzes apagadas...
Deitada na cama, com as lu...
Deitada na cam...
Deit...
...
Postado por
Aninha Villar
0 comentários:
Postar um comentário