La magie se poursuit...

chuchotant, quand personne ne l'écoute.


“Sem a música, a vida seria um erro.” Friedrich Nietzsche

E é a partir dessa frase que lembro da trajetória da minha vida. Em todos os momentos a música, bem como a dança estavam presentes e acredito que sem elas, a vida seria sem cor, sem sentido e sim, um erro!
Nasci em Brasília, no ano de 1990. Antes disso, fui a terceira gravidez de minha mãe, e por isso, a mais tranquila. Diz ela que me ninava com “Pingo de Luar”, desde que descobriu que eu viria a ser um bebê. Acredito que desde antes de nascer já tinha o ouvido aberto para a harmonia musical, e devo isso à minha mãe.
No dia três de setembro vim à este mundo recheado dos mais variados sons, acordes e movimentos. Até ter idade para ir à escola, passava muito tempo com meus pais. Meu pai trabalhava no período do dia e minha mãe no período da noite, então nunca estava sem algum dos dois por perto. Quando completei a idade para entrar na Educação Infantil (na época chama-se “Maternal”), meus pais me matricularam na Escola Paroquial Santo Antônio.
Lembro muito bem dos meus primeiros dias na escola. Sempre fui muito apegada aos meus pais, portanto, minha primeira vitória na vida foi ir sozinha à escola. Depois de perceber que na escola eu poderia encontrar pessoas que gostavam de mim assim como meus pais, passei a gostar muito de ir para lá. Sempre me apeguei aos professores, e lembro de todos eles e da ligação que tive com cada um.
Na escola, cantávamos antes de fazer qualquer coisa. Lembro bem do tio Edi, um senhor muito simpático que, quando começava a tocar violão no pátio da escola, chamava todas as crianças para a preparação do inicio das aulas. Cantávamos músicas de todos os tipos e eu gostava muito daquele momento.
Entrei no ballet com 4 anos de idade, no Clube dos Previdenciários. Lembro muito dos dias de ballet, brincávamos muito nas aulas, juntamente com o aprendizado das nomenclaturas e com os alongamentos e fortalecimento dos músculos. Era uma delícia! Adora as aulas, a professora e minhas amigas. Quem me buscava nas aulas era o meu avô paterno, que sempre me levava na banquinha do clube para eu escolher algo para lanchar e um brinquedo, ou um doce. Esse ato de carinho do meu avô também me traz muitas lembranças boas...
Ao mesmo tempo, em minha casa, sempre tivemos uma forte tendência à musicalidade. Meus pais se conheceram no grupo que tocava músicas na missa da Igreja e, desde então, sempre estiveram presentes nesse tipo de grupo. Portanto, quando eu e meus irmãos nascemos, estávamos sempre em meios musicais, em casa, na Igreja, na escola, no carro, em qualquer lugar!
Quando perguntei à minha mãe se eu era uma criança que dava muito trabalho, se eu a fazia ir conversar com os professores e se recebia muitas reclamações, ela disse que não; que pelo contrário, sempre fui uma criança exemplo nas escolinhas. Isso me fez pensar que talvez isso tenha uma forte influência na minha escolha profissional. Observando também um trabalho escolar de quando eu tinha mais ou menos 6 anos, vi que na pergunta “O que você quer ser quando crescer?”, eu respondi “Professora”. Creio então que, mesmo que somente no meu inconsciente, meu futuro já estava traçado.
Aos 5 anos tive a minha primeira apresentação de ballet. Foi inacreditável, inebriante e lembro de estar muito feliz! Estar presente nos bastidores, vendo a correria das bailarinas mais experientes, as trocas de figurinos, pessoas rezando, pessoas se aquecendo, cada um cuidando do nervosismo do seu jeito, foi realmente uma experiência inesquecível. O espetáculo era da Arca de Noé, e naquela época, as escolas ainda davam valor na apresentação de espetáculos completos (Por exemplo, apresentar “O Quebra Nozes”, ou “O Lago dos Cisnes” e não apenas números isolados de vários espetáculos diferentes.)
Eu era da turma das abelhinhas, e lembro exatamente de momentos antes de entrar no palco, quando nos levantamos da fila, e estávamos prontas para entrar. Não fiquei muito nervosa, mas completamente feliz. Estava muito feliz de poder mostrar para meus pais e irmãos o que eu sabia fazer. (Aliás, gosto de fazer isso até hoje!) Para mim, foi minha segunda vitória.

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Sometimes the world tries to knock it out of you. But I believe in music the way that some people believe in fairy tales.. The music is all around us.. all we have to do, is listen...

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A melhor parte de ser eu é que eu não preciso me explicar pra ninguém. Que me apontem os dedos, me estiquem as línguas, me cuspam, me joguem pedras. Cada um sabe a delícia de ser o que é.