La magie se poursuit...

chuchotant, quand personne ne l'écoute.

Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente

Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se certeza
Minha canção
stia de luz onde
Dorme o meu irmão

Eu quero falar de uma coisa imparcial.
Um assunto que não tenha partes, nem do bem e nem do mal.
Um assunto que pra você seja sem graça. Que talvez eu nem saiba o que significa.
Uma coisa que você entre aqui, leia, e pense: "Nossa, que coisa babaca!"
Eu quero falar de uma coisa que eu não quero saber, que eu não quero falar.
Eu quero falar sobre algo ilegível. Ou melhor, impensável! Um assunto que vai passar pelos olhos, absorver-se no cérebro, quem sabe até sair pela boca, mas o provável mesmo, é que saia pelo transbordar dos poros.
Quero falar de alguma coisa inútil, porque mesmo se eu falasse de algo útil, de nada serviria pra mim. E nem pra você.
Quero falar de um assunto sem cor. Sem dor. Sem calor, sem amor, sem pudor.
Não!
Não quero falar de algo sem pudor... Acho que só sobre isso não quero falar.
Mentira!
Eu quero falar sobre nada; porque nada é tudo.
É um branco (de tudo!), é a falta (de tudo!), é um vazio (de tudo!), é um buraco (sem tudo!).
É um tudo de nada.
E é sobre isso que eu quero falar?
Não.
Não vou mais mentir pra você, meu caro. Acho que já te enrrolei demais.
A verdade mesmo é que eu quero falar sobre eu quero falar sobre.
Y otras cositas mas...

Um sonho que se foi.
Eu acordei e agora não tem mais como voltar, e como todos os sonhos, a gente se esquece logo quando passa o dia.
A noite vem, e logo vem outro sonho...
Não guarde coisas ruins dentro de ti, pois quase tudo que acontece em sonho é bom.
E que bom que você acordou porque sua vida é mais linda ainda. (:

Se eu ficar com você,
eu viveria uma mentira.
Você merece um amor,
que o meu coração não pode te dar.
Mas eu te desejo o bem,
e vou seguir meu caminho...
Eu não sou quem pode
te dar o que você precisa!
Então eu me despeço de ti,
mas não ouse me ver ir embora...
Eu não queria te machucar assim,
porém eu não sou o que você precisa,
então acho que vou simplesmente
seguir o meu caminho!
Um dia você vai acordar,
e vai me agradecer pelo que eu fiz.
Quando você estiver vivendo uma vida feliz,
com uma nova família.
Como um pássaro capturado,
que almeja navegar pelo céu
Abrirei a sua gaiola,
prepare-se para voar!
Vou beijar o ar...
Espero que o meu beijo o encontre bem.

04/04
Escrito no dia 04/04. Prometo que juro que daqui pra frente nunca mais deixarei de ouvir minha sábia e inquieta intuição.


Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava. 
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava nele.
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava nele e nela.  
Ela pensava em como eles podiam estar tão juntos. E em como eles não estavam juntos.
Deitada na cama, com as luzes apagadas, o silêncio absoluto não reinava.
Sua mente não deixou.
Onde ele estava, ela sabia. O que ele estava fazendo, ela sabia. Como ele estava? Ela também sabia. Tudo sentimentalmente e meramente físico.
Mas era difícil interpreta-lo.
Em um único olhar, ele lhe transmitia paixão e indiferença. Calor e frio. Companhia e solidão.
O que ele pensava? Ela não tinha nem idéia... 
Deitada na cama, com as luzes apagadas, ela pensava no que ele pensava.
E quanto mais pensava, menos entendia.
A realidade lhe parecia desconfortavelmente sem graça.
Deitada na cama, com as luzes apagadas... 
Deitada na cama, com as lu...
Deitada na cam...
Deit...
...

"You got me in the middle
of the dance floor,
just searching for you, girl!"
U got me (T-pain ft. Akon)

O jantar foi normal, tirando o fato de que Cauã e Sofia sentaram na mesa da varanda com seus pais, sem saber exatamemte o porque; geralmente, os jovens sentavam separados dos adultos, em alguma sala de Computador ou TV, onde pudessem assistir a algum programa, ou algo parecido.. Estavam todos na mesa da varanda do apartamento e os lugares foram dispostos de forma que, acidentalmente (mesmo!), Sofia sentou exatamente na frente de Cauã. Na verdade, Ela havia sentado ali com seus pais, com receio e vergonha de se encontrar sozinha com Cauã entre quatro paredes.
-- Seria muito constrangedor! Sobre o que conversaríamos? -- pensava a garota.
Por sua vez, Cauã não pensava em mais nada, a não ser na menina. Queria ficar no mesmo lugar que ela; para sempre, se pudesse!
-- Preciso ficar perto dela... -- era seu pensamemto mais constante.
E apesar do receio, Sofia não saia de perto do menino também. Naquela noite, trocaram muitos olhares, seguidos de bochechas coradas e sorrisos embaraçados, mas nenhuma palavra. Nada foi dito diretamente de Cauã á Sofia, e muito menos de Sofia ao menino.
Apesar da vontade, os dois eram muito tímidos, bem como orgulhosos de mais
para dar o primeiro passo e dizer algo.
Percebendo a situação, o pai de Cauã, muito brincalhão e desenbocado, olhou bem nos olhos de Sofia e a chamou:
-- Sofia querida...
Ciente do tom um tanto quanto ironico de Henrique, Sofia instantaneamente sorriu e corou, mas mesmo assim respondeu:
-- Diga...
-- Em uma escala de 1 a 10, que nota você daria pro Cauã?
Todos começaram a rir. Inclusive Cauã e Sofia, que na verdade, de tanta vergonha, não conseguiram para de rir por um bom tempo. Quando Sofia se recompôs, ainda com as bochechas coradas, e morrendo de vergonha, conseguiu responder:
-- Ai Henrique.. que pergunta! Hahaha... acho que.. ai, não sei.
E começou a rir novamente, quando Henrique disse:
-- Não sabe ou não quer dizer porque é uma nota muito baixa?
E então, dessa vez Sofia respondeu:
-- Tá bom. Acho que eu daria uns 8!
-- Tudo isso? Edu, sua filha tá precisando de uma terapia, urgente!
E todos riram e se divertiram muito até o amanhecer do dia seguinte, sentados na mesa da varanda.

As Quatro Estações merecem a fama. Porém sua apreciação poderia ser muito melhor se juntamente com as gravações fossem divulgados os sonetos que lhe servem de complemento. Não é preciosismo inútil: trata-se do melhor entendimento e fruição da obra, adicionando-se importante elemento para alcançar as cenas imaginadas por Vivaldi. São quatro sonetos, um para cada concerto. Talvez os ouvintes lessem-os durante a execução, talvez alguém recitasse-os ao público adequando-os ao desenvolvimento da música. O casamento entre poesia e música é tão perfeito que se reforça a presunção de autoria em relação a Vivaldi.





A Primavera

Chegada é a Primavera e festejando
A saúdam as aves com alegre canto,
E as fontes ao expirar do Zeferino
Correm com doce murmúrio.

Uma tempestade cobre o ar com negro manto
Relâmpagos e trovões são eleitos a anunciá-la;
Logo que ela se cala, as avezinhas
Tornam de novo ao canoro encanto.

Diante disso, sobre o florido e ameno prado,
Ao agradável murmúrio das folhas
Dorme o pastor com o cão fiel ao lado.

Da pastoral Zampónia ao Suon festejante
Dançam ninfas e pastores sob o abrigo amado
Da primavera, cuja aparência é brilhante.


O primeiro movimento relaciona-se com a primeira e a segunda estrofes; o segundo com a terceira e o terceiro com a quarta. O ano no hemisfério norte começa no inverno e a primeira estação completa é a primavera.





O Verão

Sob a dura estação, pelo Sol incendiada,
Lânguidos homem e rebanho, arde o Pino;
Liberta o cuco a voz firme e intensa,
Canta a corruíra e o pintassilgo.

O Zéfiro doce expira, mas uma disputa
É improvisada por Borea com seus vizinhos;
E lamenta o pastor, porque suspeita,
Teme feroz borrasca: é seu destino [enfrentá-la].

Toma dos membros lassos o repouso
O temor dos relâmpagos e os feros trovões;
E de repente inicia-se o tumulto furioso!

Ah! No mais o seu temor foi verdadeiro:
Troa e fulmina o céu, e grandioso [o vendaval]
Ora quebra as espigas, ora desperdiça os grãos [de trigo].


De novo o primeiro movimento relaciona-se com as duas primeiras estrofes; o segundo com a terceira e o terceiro com a quarta. Lido o soneto, impossível não ouvir cantar o cuco do terceiro verso, nem deixar de lado, no segundo movimento, os avisos da tempestade que desabará no terceiro. O pintassilgo - gardellino - foi pássaro dos afectos do compositor.





O Outono

Celebra o aldeão com danças e cantos
O grande prazer de uma feliz colheita;
Mas um tanto aceso pelo licor de Baco
Encerra com o sono estes divertimentos.

Faz a todos interromper danças e cantos,
O clima temperado é aprazível;
E a estação convida a uns e outros
Ao gozar de um dulcíssimo sono.

O caçador, na nova manhã, à caça,
Com trompas, espingardas e cães, irrompe;
Foge a besta, mas seguem-lhe o rastro.

Já exausta e apavorada com o grande rumor,
Por tiros e mordidas ferida, ameaça
Uma frágil fuga, mas cai e morre oprimida!


O primeiro movimento liga-se à primeira estrofe, o segundo à segunda, e o terceiro às duas últimas. Vivaldi valeu-se apenas de cordas tangidas e percutidas.





O Inverno

Agitado tremor traz a neve argêntea;
Ao rigoroso expirar do severo vento
Corre-se batendo os pés a todo momento
Bate-se os dentes pelo excessivo frio.

Ficar ao fogo quieto e contente
Enquanto fora a chuva a tudo banha;
Caminhar sobre o gelo com passo lento
Pelo temor de cair neste intento.

Girar forte e escorregar e cair à terra;
De novo ir sobre o gelo e correr com vigor
Sem que ele se rompa ou quebre.

Sentir ao sair pela ferrada porta,
Siroco, Borea e todos os ventos em guerra;
Que este é o Inverno, mas tal, que [só] alegria porta.


O primeiro movimento une-se à primeira estrofe. O segundo, de curta duração, prende-se apenas aos dois primeiros versos da segunda quadra. Os demais versos estão vinculados ao terceiro, desenvolvendo-se num crescendo cuja interpretação aceita algum optimismo.



Ricardo de Mattos

Taubaté, 6/2/2003

A morte esteve muito perto de mim ultimamente. Não de mim, EU, mas de mim, FAMÍLIA.
Não, não perdi ninguém. Não ontem. Mas foi bem quase...
Acordei às 4:24 da manhã, ouvindo meu irmão chorando, um choro desesperado e desesperador no telefone com meu pai, que corria de um lado pro outro, vestindo a roupa, acordando a minha mãe e pegando a chave do carro dele pra ir, correndo, ao encontro do meu irmão.
Levantei e não sabia o que fazer, tremia tudo. As pernas, as mãos, até os dentes. A única coisa que eu sabia era que estava tudo bem, pois ouvi minha mãe gritar antes de bater a porta, a seguinte frase:
--- O Felipe capotou o carro! Mas tá tudo bem!
Tá tudo bem?! Mas tá tudo bem do tipo, ele tá vivo e orientado, ou do tipo ele tá vivo e nunca mais vai andar, ou algo assim? Eu não sabia.
Graças a Deus, tava tudo bem do primeiro tipo. O problema foi quando eu tive que ir no local do acidente pra ir buscar meu pai, e ver o que realmente tinha acontecido. Que o carro deu PT todo mundo já deve imaginar. Mas além disso, tinha um barranco enorme, e se o carro tivesse escorregado um metro a mais, teria caído lá.
Ok, acho que estou criando uma barreira em mim, pra proteger os meus. Na hora foi tudo tranquilo, pegamos as coisas do carro e deixamos o resto na mão do guincho. Fomos pro hospital ver como ele estava.. A única coisa que eu tinha era raiva dele. MUITA raiva. Raiva, pq todo mundo sabia que um dia isso ia acontecer; mas ele teve que continuar indo pra casa às 4:24 da manhã, pra o pior acontecer, e oxalá pelo menos agora ele pare com essas imbecilidades.
Raiva, porque ele não precisa disso. Raiva porque ele é meu irmão. Raiva, porque eu ele é muito amado. Principalmente por mim. Muito mesmo. Porque além de irmão, ele é conselheiro, cumplice, amigo, palhaço, me anima, me ajuda, cuida de mim. É um tipo diferente de irmão. Diferente de ser simplesmente outro filho do meu pai e da minha mãe. Ele é o Felipe. E se alguma coisa tivesse acontecido com ele, eu não ia ter cabeça pra aguentar. Não depois do começo conturbado de ano com toda a história da minha vózinha. E talvez, nem antes disso.
No começo eu senti raiva. Agora eu sinto alívio, e essa dor, esse desgaste de ter que ver tudo, e de ter que imaginar coisas que eu não gostaria.
Vou lá dar um beijo e um abraço naquele filhodaputa, e mandar ele ir tomarnocú por toda essa história. Porque eu o amo MUITO. Mas é de um muito sem dimensão...

Sometimes the world tries to knock it out of you. But I believe in music the way that some people believe in fairy tales.. The music is all around us.. all we have to do, is listen...

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A melhor parte de ser eu é que eu não preciso me explicar pra ninguém. Que me apontem os dedos, me estiquem as línguas, me cuspam, me joguem pedras. Cada um sabe a delícia de ser o que é.