Eu quero falar de uma coisa imparcial.
Um assunto que não tenha partes, nem do bem e nem do mal.
Um assunto que pra você seja sem graça. Que talvez eu nem saiba o que significa.
Uma coisa que você entre aqui, leia, e pense: "Nossa, que coisa babaca!"
Eu quero falar de uma coisa que eu não quero saber, que eu não quero falar.
Eu quero falar sobre algo ilegível. Ou melhor, impensável! Um assunto que vai passar pelos olhos, absorver-se no cérebro, quem sabe até sair pela boca, mas o provável mesmo, é que saia pelo transbordar dos poros.
Quero falar de alguma coisa inútil, porque mesmo se eu falasse de algo útil, de nada serviria pra mim. E nem pra você.
Quero falar de um assunto sem cor. Sem dor. Sem calor, sem amor, sem pudor.
Não!
Não quero falar de algo sem pudor... Acho que só sobre isso não quero falar.
Mentira!
Eu quero falar sobre nada; porque nada é tudo.
É um branco (de tudo!), é a falta (de tudo!), é um vazio (de tudo!), é um buraco (sem tudo!).
É um tudo de nada.
E é sobre isso que eu quero falar?
Não.
Não vou mais mentir pra você, meu caro. Acho que já te enrrolei demais.
A verdade mesmo é que eu quero falar sobre eu quero falar sobre.
Y otras cositas mas...
Postado por
Aninha Villar
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